quarta-feira, 16 de março de 2011

Cinelândia, 16/03

Vou no Centro Cultural do Tribunal de Justiça ver a expo de Marcos Sêmola, Transitivo Direto. Chego às 21:15. O convite dizia que a abertura ia de 19 às 23h mas o segurança me barra na porta, afirmando que havia recebido uma ordem de não deixar mais ninguém entrar, pois o Centro estava fechando. Somos 4 os barrados. Uma moça ameaça fazer um barraco e sai protestando. Antes de sair, ela pergunta o nome do segurança. Ele diz, como Eichmann, q só está cumprindo ordens, e q por ele deixava todo mundo entrar. Eu me irrito e peço o nome do gerente q ele, então, me nega dar. Ele me diz o seu próprio nome q eu ignoro. Ele me pergunta: na minha casa, quem mandava? Eu apenas respondo, pois então estou na minha casa, uma vez q aquele Centro era um prédio público e q, como cidadão, me pertencia. Ele acabou concordando comigo, mas permaneceu inflexível, até q seu rádio soou e minha entrada foi autorizada. Lá me encontro com o Sêmola e com Renato Amado meus colegas do http://canetalentepincel.blogspot.com/. As fotos do Sêmola, em P&B, com câmera Leica de 1930 são lindas, flagrantes urbanos com contrastes maravilhosos. Uma delas, colorida, de um vendedor de mate num fim de tarde radiante em Ipanema foi "ilustrada" com um poema meu (http://canetalentepincel.blogspot.com/2010/06/posto-8.html). Depois saio e perambulo sozinho pela praça da Cinelândia que em poucos dias receberá a presença do Presidente dos EUA, mas que parece inteiramente alheia aos acontecimentos. Alegro-me em ver a Cinelândia viva, tranquila, com pessoas bebendo nos bares e conversando. No Amarelinho, vejo uma moça solitária bebendo seu chope. Estou com vontade de beber uma cerveja, mas alguma coisa me trava e não tenho coragem de abordar a moça. Me senti algo machista: não se pode ver uma moça sozinha sem q se imagine paquerá-la. Deixei-a a só, com seu chope e seus pensamentos.  

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